Hora da mudança !!!!


Queridos companheiros, tomo a liberdade de retransmitir carta enviado a nossas instituições representativas, pelo nosso querido companheiro Eliel do RJ, com quem tive o prazer de trabalhar e por quem nutro profunda amizade. Carta esta onde o mesmo retrata o seu desconforto e o desconforto da grande maioria de nós.

É triste ver o descaso como estamos sendo tratado e a forma como esta sendo tripudiada a nossa historia. Contudo o pior de tudo isso é que ainda existem entre nós, pessoas que não se aperceberam disso e que com sua apatia e até descaso, não se mobilizam, enfraquecendo as nossas mobilizações.   

Como sempre disse, infelizmente os verdadeiros culpados por tudo isso, somos nós mesmo.

Por favor, senhores que ainda dormem na ilusão de que a empresa que trabalhamos ainda existe, vamos nós unir todos em pro de um bem comum e contra esse gigante multinacional que nós esta sufocando.

Luz e paz aos seus corações e olha na sua historia.

Pedro Gouvêa.


Hora da mudança !!!!

Em setembro de 94, ficamos sabendo da dificuldade de o Banco conviver com uma inflação abaixo de 5% am, prevista com a implantação do Plano Real. Aqueles que possuíam condições de solicitar suas aposentadorias o fizeram, como fiz também em 31/l2/94. Logo a seguir, três meses de férias, voltei ao mercado de trabalho em outra instituição financeira, onde já prestavam serviços, várias pessoas oriundas do BESP. Trabalhei mais um ano e meio e, decididamente, passei a me dedicar somente à vida acadêmica. Hoje, encontro-me as voltas com muitas provas, principalmente, com a proposta de transmitir a algumas pessoas que apesar das dificuldades, ainda há esperanças, desde que estejamos dispostos a enfrentar uma semana de viagem, passar por lugares estreitos, penhascos, desfiladeiros, brigar com animais bravios, mas acima de tudo acreditar que é possível ter uma vida melhor.

Até o ano 2000, cada um dos pré-75 e pós-75 lutou e sofreu bastante com a privatização do BESP e, durante algum tempo após, houve uma calmaria, como na expectativa de um pouco de esperança por se tratar de uma multinacional e que poderiam exprimir um pouco de profissionalismo ao tratar de direitos estabelecidos e resguardados por títulos públicos, principalmente, para os pré-75, pois já eram a maioria quando da sucessão. Direitos esses conhecidos e deveras estudados antes da compra. O que nos causa espécie são as atitudes de abusos de poder, de maquiavelismo, de falta de profissionalismo, de descaso, de total descumprimento das leis e de formas inescrupulosas que este sucessor vem envenenando e matando aos poucos, trabalhadores e aposentados, que esperavam poder gozar suas aposentadorias com um pouco de decência e dignidade. Mas, isto tem sido impossível, pois este sucessor é pior do que um crápula, que geralmente trabalha às escuras, este não, opera na perfeita luz do dia e perante os poderes constituídos.

Poderia, ficar desabafando ou compartilhando sofrimentos, porém o momento urge por medidas mais objetivas e que passemos a agir com mais acuidade para mostrar que não se destrói da noite para o dia, aquilo que fora construído por muitos anos e com compromissos, coisa que esta instituição não conhece, na época da empresa cidadã e da responsabilidade social.

Perceberam que trabalhei para outra empresa, BESP, e que o atual nome ainda não foi citado. Permita-me esclarecer que no mundo empresarial hoje em dia o que mais se pratica são parcerias com o propósito de todos ganharem, mas esta instituição não merece nem um pouco de consideração e nem mesmo que repitamos o seu nome, pois se assim o fizermos estaremos praticando merchandise em favor do inimigo.

Sugiro que daqui para frente passamos a usar nas faixas e em nossas conversas o nome BESP E BESPIANOS onde trabalhávamos.

Recomendo que cada um de nós que tem conta com aplicações, seguros, cheque especial e até mesmo empréstimos que não o incentivado para o aposentado, comece a trocar de Banco conforme o mais propício segundo uma análise individual.

Sou favorável que iniciemos tratativas jurídicas para que os nossos salários sejam creditados em outra instituição financeira com penetração federal.

Sou de opinião que esta negociação salarial seja feita em conjunto com a categoria, evitando-se assim negociação em separado. Mas, que com o suporte jurídico de nossas representações, iniciem-se medidas para que os nossos reajustes sejam equânimes com os rendimentos dos respectivos títulos que lastreiam nossas aposentadorias.

Que nossas representações publique em jornais para os Bespianos todo tipo de ação judicial que possa ser impetrada contra este sucessor alertando das responsabilidades individuais, porém enfatizando a necessidade de se tornar a maior empresa com o maior número de demandas judiciais neste país.

Que já, ainda neste setembro, nesta negociação estejamos a postos para criarmos estratégias das mais prejudiciais possíveis com o propósito de mostrarmos um pouco da nossa força. Que seja estabelecido de forma centralizada às linhas gerais de ações e que cada região em conjunto com o sindicato local crie estratégias para a maior luta possível por reajuste de salários.

Que cada aposentado, independentemente de sua antiga posição no BESP, venha a participar de uma campanha para reconquista de direitos que nunca poderiam ser abalados, principalmente em se tratando de pessoas aposentadas e que aparentemente o ordenamento jurídico deveria proteger.

BESPIANOS a justiça é nossa trincheira mas precisamos nos unir um pouco mais.

Abraços:

Eliel da Silva D’Ornelas. Matrícula 099341 – RJ





057-07/09/2004
Pedro Gouvêa


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