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Na quinta-feira, dia 5, representantes dos banespianos tiveram audiência com o superintendente, Rene Garcia Junior, e o diretor da Área de Vida e Previdência, João Marcelo, da Susep (Superintendência de Seguros Privados), na qual denunciaram a decisão da Cosesp (Companhia de Seguros do Estado de São Paulo) de não renovar a Apólice 10 de seguro de vida em grupo dos funcionários da ativa e aposentados do Conglomerado Banespa e Cabesp.

Durante a reunião, ocorrida na sede da Susep, no Rio de Janeiro, eles relataram aos integrantes da autarquia o histórico do seguro e responderam todas as suas indagações. “Também protocolamos um documento questionando a legalidade da medida e entregamos cópia da carta enviada pela Cosesp aos banespianos, o contrato original da apólice e os aditamentos feitos desde 1973, quando o seguro entrou em vigor”, informa o presidente da Afubesp, Aparecido Sério da Silva.

“Trinta dias para morrer” – Um dos aspectos debatidos foi o prazo, de apenas um mês, entre a comunicação da seguradora e o fim do seguro. Herbert Moniz, vice-presidente da Afubesp e coordenador da Comissão Nacional dos Aposentados, mostrou ao superintendente e diretor da Susep matéria publicada no jornal “Comércio da Franca” sobre o assunto, que tem como título “Trinta dias para morrer”.

O texto traz a declaração do banespiano aposentado Rubens Bonfim, que durante 35 anos pagou religiosamente o seguro: “É uma situação complicada. Tenho 30 dias para morrer. Caso contrário minha mulher não tem o benefício.” Herbert, explica que exibiu a matéria na reunião “porque ela exemplifica bem a situação dos colegas aposentados e demonstra uma das ilegalidades cometidas pela seguradora”.

Também foi destacada a responsabilidade do estipulante, no caso o Santander Banespa, que não ofereceu nenhuma alternativa aos aposentados. “Só estão propondo, de forma discriminatória, uma nova apólice para o pessoal da ativa, enquanto a pessoa estiver na ativa”, denunciou Paulo Salvador, diretor da Afubesp.

Vagner de Castro, diretor financeiro eleito da Cabesp, lembra que a caixa de assistência médica deixou de ser o estipulante do seguro em 10 de janeiro de 2003, quando o banco concluiu a migração da apólice 670 e assumiu esse papel. “Embora não tenhamos mais a representação legal, nós, eleitos, estamos empenhados ajudar a encontrar uma saída junto com as entidades sindicais e de representação.”

Susep se propõe a intermediar uma solução – Surpreso com as denúncias, o superintendente da Susep indagou: “Eles (a Cosesp) não tentaram conversar com vocês para negociar uma proposta intermediária?” Após ouvir dos segurados que isso não ocorreu, René Garcia Junior, mostrou-se preocupado com os efeitos sociais da não renovação da apólice, solicitando uma análise jurídica da situação.

Ele também se prontificou a intermediar uma conversa entre a seguradora e os representantes dos segurados. Na mesma hora, ligou para o presidente da Cosesp para agendar o encontro, ficando acertado que a reunião deverá ocorrer no começo da próxima semana, em São Paulo, com a participação da Susep.

Além dos já mencionados, também participaram da audiência com o presidente da Susep os aposentados Sérgio Roberto Zancopé e Oliver Simioni, que são diretores da Afubesp e integrantes da Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa.