Banespa protela implantação do Programa de Prevenção às Doenças Ocupacionais


Na última reunião do Fórum de Saúde, ocorrida no dia 19 de abril, mais uma vez o Santander Banespa demonstrou descaso com a saúde dos trabalhadores ao não atender a solicitação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em apresentar um calendário de implantação do Programa de Prevenção e Acompanhamento às Doenças Ocupacionais.

Esse programa havia sido acordado entre a Fenaban e entidades representativas dos bancários em 1997. Há muito tempo, o Sindicato cobra do banco políticas de prevenção às doenças ocupacionais.

Na reunião no dia 11 de janeiro, a entidade reivindicou que o banco elaborasse um cronograma para a implantação do programa e apresentasse na reunião seguinte – que aconteceu nesta terça -feira. Mais uma vez, o banco não cumpriu.

Nesta última, não foi diferente. "A atitude do banco é desrespeitosa com o trabalhador", indigna-se Rita Berlofa, secretária de Saúde e funcionária do Santander Banespa.

Rita ressalta que é de responsabilidade da empresa em promover campanhas permanentes de esclarecimento e orientação dos funcionários, e que os profissionais envolvidos em saúde e segurança no local de trabalho tem que cumprir o seu papel. "Nós questionamos a responsabilidade ética do engenheiro de segurança Luiz Cirilo que trata com descaso a saúde dos bancários, fugindo do seu dever primordial que é zelar por um ambiente que promova saúde no local de trabalho e pela integridade dos seus funcionários", diz.

Por causa de atitudes como essa é que a cada ano mais e mais trabalhadores adoecem na empresa. Em 2003, houve 233 novos casos de LER/Dort e 151 novos casos de transtornos mentais. No ano seguinte, os índices subiram para 303 e 232, respectivamente. "A atitude do Banco Santander Banespa, que obtém altos lucros a custa da saúde de seus funcionários, é criminosa. Nossa luta pela implantação do programa vai continuar e nós denunciaremos cada ato irresponsável promovido pelo banco", completa a diretora.

Fonte: Seeb SP



492 - 28/04/2005
Álvaro Pozzetti

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