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Terça-feira, 26 de abril de 2005 - Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje que não tem cabimento mudar o valor do salário mínimo, que entra em vigor dia 1º de maio. Ele lembrou que o valor de R$ 300,00 foi acordado com as centrais sindicais e com os congressistas, além de estar previsto na proposta orçamentária para este ano.

"Quando o presidente Lula anunciou o reajuste do mínimo para R$ 300, que representa mais de 8% além da inflação, nós comemoramos inclusive como uma conquista do Congresso por que nós tínhamos colocado na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) regra para o salário mínimo crescer pelo PIB per capita. Mas o presidente atendeu o pedido das centrais sindicais e dos congressistas", disse.

Segundo o ministro, o reajuste terá um impacto importante tanto para as pessoas que vão resolver quanto para as finanças públicas. "Vamos bater o pé e manter o valor", disse. Em relação ao reajuste de salário, reivindicado pelos militares, Paulo Bernardo disse que não participou de nenhum debate dentro do governo sobre o assunto. "Conversei rapidamente com o Dirceu (ministro da Casa Civil), que teve uma reunião com os militares e o ministro da Defesa, José Alencar. Essa é uma questão que vamos ter que tratar mas ainda não tem nada resolvido", disse.