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BRASÍLIA - O recolhimento extra de quase R$ 600 milhões em impostos, por uma instituição financeira, foi um dos fatores que ajudaram a arrecadação recorde da Receita Federal para um mês de março, de R$ 27,989 bilhões. Registrados ainda fatores atípicos como aumento real de 62,26% no imposto recolhido sobre rendimentos do capital, com "aumento no volume de resgates de aplicações financeiras" sobre fevereiro, de acordo com o Fisco.

Os dados divulgados hoje pela Receita mostram que somente um banco recolheu R$ 120 milhões em imposto de renda sobre remessas ao exterior, R$ 250 milhões em imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e R$ 214 milhões em Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Além do número maior de dias úteis de março (cinco semanas) sobre fevereiro, houve aumento real (pelo IPCA) de 41,47% no IR recolhido na fonte sobre rendimentos de trabalho, influenciado por alta real de 205% nos valores pagos pelo setor de intermediação financeira e de 109% da área de seguros e previdência privada.

A Contribuição para a Seguridade Social (Cofins) continua com arrecadação crescente, somando R$ 6,4 bilhões no mês, com aumento real de 5,26% sobre março de 2004. No trimestre foram R$ 20,5 bilhões.

A tributação da Cofins sobre importações é o que mais rende ao governo federal, mas no mês passado a Receita registrou compensações de R$ 80 milhões por instituições financeiras.

No caso do IRPJ, houve crescimento real de 14,24% em março sobre mesmo mês do ano passado, indicando bom desempenho dos setores de extração de minerais metálicos (mais 302,47%); telecomunicações (211,56%) e metalurgia básica (193,03%).