Ficam V.Sas. notificados da devolução, nesta data, de envelope recebido no dia 01 de abril de 2005, contendo correspondência apócrifa e termos de opção previstos no Acordo Coletivo de Trabalho 2004/2006, cláusulas 43 e 44.

A devolução é feita pelos seguintes motivos :

O acordo Coletivo de Trabalho 2004/2006 está sub-júdice, devido a Dissídio suscitado por esse próprio banco e no qual pretende estendê-lo a nível nacional conforme sua petição inicial.

Portanto, a remessa da proposta é intempestiva, ilícita e imoral.

Com a remessa do material antes da decisão judicial esse Banco não só zomba do Poder Judiciário, como, muito pior, induz os aposentados a desconfiar da Justiça pois já está executando uma sentença ainda não prolatada.

O procedimento desse Banco ignorando a ação em curso, tumultua o processo, atenta contra princípios da lealdade processual e infringe o Código de Ética da OAB e o Estatuto do Idoso.

Com a indevida remessa do material esse Banco tenta criar fato consumado para obter vantagem pecuniária ilícita.

A difícil situação financeira dos aposentados resulta da criminosa atitude desse Banco em apropriar para outros fins recursos recebidos na privatização e destinados especificamente para o pagamento dos proventos e reajustes dos aposentados do Banespa.

Aproveitando-se de idosos, doentes e empobrecidos, esse banco montou ardiloso plano que coloca em risco a própria sobrevivência do aposentado e de sua família, pois terá que renunciar a seus direitos a troco de ilusório abono e de uma obscura reserva matemática da qual só disporá da metade, ou ficará ainda mais dois anos sem qualquer reajuste e migrará para um desconhecido fundo.

Usem a dignidade que lhes resta, senhores dirigentes, para corrigir tal injustiça, demonstrando que a responsabilidade social propagada por esse Banco não configura hipócrita demagogia.

Basta reconhecer aos aposentados o direito e o respeito que merecem pela contribuição que já deram a esse banco e a este País. Nada mais.

Floriano Rozanski