Bancários param agências da Zona Oeste de São Paulo

A ausência de negociação e de uma proposta à altura das reivindicações dos trabalhadores, fez com que os bancários da Zona Oeste de São Paulo paralisassem suas atividades nesta quinta-feira, dia 19. Até as 8h30, 60 agências estavam envolvidas no protesto nas avenidas Faria Lima, Juscelino Kubitschek, Cidade Jardim, Europa, Brasil, e nas ruas Joaquim Floriano, João Cachoeira e Bandeira Paulista. Já são cerca de 900 trabalhadores parados. A Afubesp também está participando da atividade.

A categoria – 400 mil funcionários de bancos públicos e privados em todo o país – reivindica reajuste salarial de 25% (6,22% de reposição da inflação mais 17,68% de aumento real), PLR de um salário mais R$ 1.200, além de 14º salário e 13º em tíquete. O piso salarial deve ser o mínimo previsto pelo Dieese, ou seja, R$ 1.522,01. Os bancários querem, ainda, que os bancos ampliem o horário de atendimento para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, o que criaria 161 mil novos empregos, além da ratificação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, que proíbe dispensas imotivadas.

A data-base é 1º de setembro. Até lá, as atividades serão intensificadas. No próximo dia 25, bancários de todo o país se reúnem em São Paulo para seu Encontro Nacional e será a vez de os bancos da região da Av. Paulista paralisarem suas atividades. "Se até setembro a Federação Nacional dos Bancos não oferecer aos bancários aumento real à altura dos lucros que as instituições financeiras vêm alcançando, os trabalhadores poderão iniciar uma greve", avisa o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.


Fonte: Seeb SP




043-19/08/2004-
Lene


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