Depois de quatro rodadas de negociações, os banqueiros tiveram a coragem de apresentar uma proposta de 6% no dia 10 de agosto em São Paulo, que sequer recompõe a inflação do período. A Executiva Nacional dos Bancários rechaçou na hora a proposta da Fenaban e orienta os bancários a rejeitarem este percentual nas assembléias. "Os banqueiros não estão com vontade de negociar. Oferecer este índice de reajuste é brincar com os bancários e esvaziar por completo as negociações. Nós dissemos no ato da entrega da minuta, que este ano queremos aumento real. Mas parece que eles não entenderam direito, porque oferecer menos que a inflação do período é desmerecer os seus funcionários", disparou Vagner Freitas, presidente da CNB/CUT e coordenador da Executiva Nacional.

A nossa Assembléia acontecerá amanhã, terça, dia 17 de agosto às 18 horas no Auditório da Catedral, para discutirmos a mobilização da categoria e a proposta da Fenaban.

Além do reajuste abaixo da inflação, a Fenaban ainda propôs que não houvesse alteração alguma no formato da distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Apenas que o índice de reajuste incidisse sobre o valor fixo de R$ 650. Durante as negociações, os bancários destacaram a altíssima lu-cratividade do sistema financeiro nacional, que prova a possibilidade dos banqueiros pagarem o reajuste reivindicado.

"O crescimento do sistema financeiro nacional precisa ser revertido em divisão de renda e os banqueiros podem fazer isto por meio dos salários. Mas parece que a ganância deles é maior que qualquer senso crítico e aí sobra propostas vergonhosas como esta", comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil. A partir de agora, com o ingresso de BB e Caixa na mesa da Fenaban, somos 400 mil bancários unificados e o nosso poder de pressão é bem maior. Temos que usar isso a nosso favor para ampliar as mobilizações.

Quatro rodadas de negociações foram suficientes para mostrar que a responsabilidade social dos banqueiros fica na retórica. No ato da entrega da minuta, a Fenaban disse que queria fechar um acordo rápido e bom para os bancários. No entanto, nas três primeiras rodadas não apresentaram nenhuma proposta e, na quarta, provaram a falta de disposição para negociar. A Executiva Nacional dos Bancários esteve reunida no dia 13 de agosto, na sede da CNB/CUT, em São Paulo e definiu um calendário de mobilização para o mês de agosto. Confira na capa as datas de atividades em todo o país.

Fonte: CNB/CUT com informações do SEEB Floripa

Brasil começa a dizer Não aos 6% da Fenaban

    Nas assembléias de bancários que acontecem desde o dia 10, quando ocorreu a quarta rodada de negociações e a Fenaban ofereceu míseros 6% à categoria, trabalhadores em diversas regiões do país já deliberaram pela rejeição da proposta dos banqueiros. Na manhã do dia 12, no centro velho de São Paulo, a assembléia rejeitou por unanimidade os 6%. No local onde ocorreu a assembléia trabalham cerca de sete mil bancários dos bancos Unibanco, Itaú, Bradesco, Santander Banespa, Nossa Caixa, Banco do Brasil e Caixa. Os bancários do ABC paulista não só rejeitaram a proposta, como também aprovaram um calendário de luta e pressão, com paralisações e assembléias de rua no dia 17 no centro de São Bernardo do Campo e dia 18 em Santo André. Os gaúchos já fizeram assembléia em Porto Alegre e em várias cidades de interior, onde disseram não à Fenaban. A Fetec/PR e o Sindicato dos Bancários de Curitiba promoveram no dia 12, manifestação pública como protesto contra a proposta de 6% de reajuste. Os paranaenses também repudiaram o índice.

Amanhã, terça, dia 17 de agosto às 18 horas no Auditório da Catedral acontece a nossa Assembléia e será a nossa vez de deliberar. Convocamos todos os trabalhadores de Florianópolis e Região a participarem da Assembléia, que será fundamental para definir os rumos da nossa mobilização.

SEEB Floripa Comunica é um Informativo do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região 

Jornalista Responsável: Janice Miranda (MTb 2995 DF/JP)