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Há alguns dias denunciamos o Santander Banespa junto ao Procon Paraná e à Receita Federal em razão da não entrega dos informes de rendimento dentro do prazo legal. Estamos pesquisando a possibilidade de denunciar, também, junto a qualquer órgão ou entidade de defesa do idoso. Existem fundamentos para isso. Prejuízos estão caracterizados.

Ademais, é resolução da Diretoria da nossa Afaban que é nossa obrigação e dever apresentar nossas manifestações sobre esse tipo de atuação do Santander sempre que pressentir iminente situação de prejuízo aos nossos associados. Que seus dirigentes não se esqueçam: se agirem contra nós, não nos terá como amigos enquanto a situação perdurar. Nada temos a perder senão a nossa dignidade e a nossa vergonha. Já passou da hora. Se não fizermos agora o que deveríamos ter feito há muito tempo, talvez não tenhamos outra oportunidade ou mesmo forças para reagir.

Todos nós sabemos que a forma como os novos controladores do Banespa vêm agindo, demonstra longa distância da ética e dos padrões recomendáveis de Governança Corporativa. Não vieram para gerar riquezas em nosso País, mas sim para levá-las de nosso País, como sempre o fizeram, desde os primórdios de nossa história. Além de agir como predadores, pouco se importam com os dramas humanos que provocam. Infelizmente e desgraçadamente contam com o apoio e agem em conluio com políticos e sindicalistas que deveriam se envergonhar da forma como agem.

Não bastasse, ainda contam até mesmo com o apoio de alguns poucos banespianos, mas que se dizem representantes legítimos dos nossos interesses. Precisamos dizer de quem se trata ou quem são? Até é bom dizer para ficar bem claro: alguns se alojaram na AFUBESP, outros na COMISSÃO DE EMPREGADOS e alguns outros estão dispersos, tentando encontrar um nicho para continuar fazendo o que sempre fizeram, ou seja, cuidar única e exclusivamente de seus interesses pessoais, às nossas custas.

Nós banespianos necessitamos manter acesa a chama da hombridade e do respeito que merecemos. Somos idosos, mas não tão velhos e alquebrados que já não podemos nos indignar e lutar na defesa dos nossos direitos. Quem não luta pelos seus direitos não os merece. Por outro lado, consideramos uma indignidade esperar que os outros lutem por nós ou a postura dos que se acomodam com a falsa certeza de que nada se pode fazer ou que o que poderia ser feito já o foi.

O objetivo principal das Afabans, no nosso entendimento, é a defesa dos direitos dos seus associados. A sua tarefa de aglutinar socialmente amigos que têm um passado comum é secundária e finita no tempo. Mesmo as maiores, não terão um futuro garantido e perene se pretenderem ser apenas um clube social. Não haverá continuidade e tampouco renovação do quadro de sócios.

O dirigente de Afaban trabalha por idealismo. É um voluntário que não almeja honrarias e mordomias.

Entendemos que as Afabans devem se constituir na ponta de lança mais combativa na defesa dos interesses dos associados seja contra quem for necessário, Santander ou até mesmo os falsos amigos. Devem ser as primeiras a enfrentar o touro em todos os recantos do Brasil.

A denúncia que citamos acima deveria ser feita em todas as cidades brasileiras, tenha ou não tenha agência do Santander Banespa. Bastaria um único aposentado para reivindicar os seus direitos e o banco teria muita sarna para se coçar.

Cabe à AFABESP prover o apoio financeiro e logístico indispensável e dar a estocada final. Estrategicamente, deverá se preservar forte, representativa e respeitada. Se houver necessidade de contratar profissionais altamente qualificados por não os ter em número suficiente em seus quadros, deverá fazê-lo. Deverá contratá-los. Com determinação e atitude.

Assim, com atitude firme e convicta, não deve nunca fugir da briga ou amaciar e sim prover as Afabans de todos os meios e instrumentos indispensáveis às suas ações, aos seus propósitos, pois estas estarão à frente dos acontecimentos e, e se uma ou outra perder, pouco importa, pois a união das 37 Afabans sairá fortalecida e uma grande maioria conseguirá atingir os objetivos a que se propuseram.

Temos exemplos claros nos últimos tempos, do que significa união, apoio, liderança, garra, persistência, combatividade e tudo o mais. Quando o Barão, de Juiz de Fora, liderando o movimento, propôs a formação do “pool de Afabans”, fomos os primeiros a aderir, mesmo sem saber como faríamos para obter os recursos necessários. Mas nos unimos no trabalho de convencimento das demais Afabans para a união indispensável. E os resultados já podem ser vistos. Essa união está provocando a indispensável reflexão por parte de todas as autoridades envolvidas. Como o próprio Barão já disse uma vez: “até agora não ganhamos nada, mas o Banco perdeu muito”.

Entendemos que a maioria das Afabans possui quadros qualificados e por isso devem ser ouvidas nas decisões maiores que envolvem o interesse de todos. Não se pode negar a elas a participação ativa no processo decisório e o direito de questionar o ritmo e rumo das ações de defesa dos nossos direitos. Entretanto, as Afabans devem sair da passividade, serem atuantes e determinadas. Coesas serão um corpo forte e tornarão possível a nossa vitória.