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Minas - Aposentados ligados a cerca de 40 entidades de base do interior mineiro se reuniram ontem na sede da Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais (FAP/MG), em Belo Horizonte, onde participaram do relançamento da campanha pela equiparação dos reajustes dos benefícios ao salário mínimo. As perdas, acumuladas entre setembro de 1991 e o final de 2004, são estimadas pela entidade em cerca de 50%. A paridade também serviria para reduzir o número de pendências jurídicas.

A campanha tem como meta sensibilizar deputados e senadores a aprovarem o Projeto de Lei nº 58/2003, do senador Paulo Paim (PT/RS), cujo teor prevê a recomposição das perdas dos benefícios com base nos últimos reajustes do salário mínimo.

Segundo o presidente da entidade, Hermélio Soares Campos, a expectativa da categoria em todo o país é reunir 2 milhões de assinaturas, sendo 300 mil só em Minas Gerais. Até o momento, a FAP reúne aproximadamente 25 mil assinaturas, já que a campanha estava em curso, porém desaquecida e restrita só aos aposentados e pensionistas.

Os representantes das entidades do interior de Minas retornaram para suas cidades com cópias do abaixo-assinado, que deverão ser preenchidas até meados de abril, quando então serão encaminhadas pela FAP/MG, juntamente com o material que vem sendo recolhido em outros estados, para o Congresso Nacional.

Para ganhar mais força, a campanha está sendo estendida para outros setores da comunidade, entre eles as universidades e faculdades e Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). Os pedidos de apoio já foram encaminhados pela FAP/MG aos principais estabelecimentos de ensino superior. "Estamos tentando sensibilizar todos os trabalhadores a nos apoiar nessa iniciativa, pois eles, no futuro, também podem sofrer com essa situação. O problema é que muitos deles não estão enxergando", opina.