Trecho do Discurso da Deputada Mariangela Duarte (PT-SP) feito no dia 02/03 na Câmara dos Deputados em Brasilia.


"...O segundo documento é mais ainda grave e trata dos aposentados do BANESPA. Desde a privatização desse banco, comprado pelo Santander, já foram demitidos mais de 13 mil banespianos, o que contribuiu também para o aumento do índice de desemprego e do sofrimento de milhares de famílias brasileiras.

Só para se ter uma idéia da gravidade da situação, ressalto que foram negados direitos adquiridos quanto a gratificações e reajustes anuais. O Grupo Santander BANESPA já incorporou ao seu ativo cerca de 11 bilhões de reais, o que  significa ter livrado mais de 3 bilhões como recompensa por ter recebido o BANESPA de graça.

Sr. Presidente, o pior é que o banco se nega a pagar o que é determinação do Senado da República, portanto atinge o Congresso.

Na impossibilidade de ler todos os dados contidos no documento, lerei apenas alguns, mas peço a transcrição integral também desse documento, que diz:

Da Complementação dos Aposentados

Ao final de 2001, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou requerimento de autoria do Senador Eduardo Suplicy solicitando ao presidente do Grupo Santander Banespa, Gabriel Jaramillo, informações sobre as providências que estavam sendo implementadas para o cumprimento da Resolução nº 118/97, considerando denúncias dos banespianos de que o Banco está desrespeitando a resolução aprovada pelo Senado (...) Dias antes do leilão, Fernando Henrique Cardoso editou uma medida provisória que permitia ao comprador do Banco negociar os títulos. Isso possibilitou ao Santander um ganho muito maior do que os 12% mais Taxa SELIC ao ano, pagos pelos papéis da União...”

Sr. Presidente, o BANESPA não precisava ter sido privatizado. Agora, o seu controlador nega a resolução do Senado e não paga a complementação aos aposentados.

Peço a V.Exa. a transcrição desses documentos, para que esta Casa tome conhecimento dos casos e para que possamos tomar as providências que nos competem.

Obrigada, Sr. Presidente."




366 - 07/03/2005
Claudanir Reggiani

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