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A agência de Franco da Rocha do Santander Banespa é um bom exemplo do que vem acontecendo dentro do banco de origem espanhola. Os funcionários extrapolam a jornada de trabalho e raramente recebem hora extra. O horário de almoço virou raridade, pois o acúmulo de trabalho impede que seja respeitado. Os estagiários, para darem conta do serviço, são obrigados a ficar além do expediente e também não recebem nada por isso.

Indignado com essa perversidade, o diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Nilton Barbosa da Silva (Niltão - na foto ao lado), que é funcionário daquela unidade, está promovendo um protesto inusitado: está deixando sua barba crescer e diz que só vai cortá-la quando o banco resolver os problemas dos funcionários.

Como não poderia deixar de ser, os administradores estão preocupados com a barba do Nilton, porque, segundo eles, "estraga" a imagem do banco. "Explorar e sugar o sangue dos brasileiros não prejudica a imagem do Santander Banespa muito mais do que uma barba "de molho?", questiona o dirigente ao propor: "Que tal a instituição começar a pagar as horas extras, respeitar o horário de almoço e contratar mais funcionários. Se assim o fizer, prometo que, na mesma hora, corto a barba!"