Santander Banespa vai a dissídio para forçar aplicação de acordo coletivo
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Ocorre nesta terça-feira, às 11h, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, a audiência de conciliação sobre o dissídio coletivo, ajuizado pelo Grupo Santander Banespa, contra a Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec) e a Federação dos Empregados em Estabalecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS). O processo foi instaurado pelo banco, em 17 de dezembro, com o intuito de buscar a aplicação, em âmbito nacional, do acordo coletivo que fora aprovado, no final de 2004, e já assinado por 40 bases sindicais. Em outras palavras, o grupo quer obter o aval da Justiça do Trabalho para estender o acordo às outras 28 bases que rejeitaram o instrumento. Para o presidente da FETEC/CUT-SP, Sebastião Geraldo Cardozo, a postura do Santander Banespa, de ajuizar o dissídio, é fora de propósito. "O acordo em questão foi fruto de negociação com as entidades sindicais, inclusive com participação de representação dos aposentados e, posteriormente, submetido às assembléias. Em virtude de questões reginais diferenciadas, chegamos ao resultado final de 82% de aprovações e 18% de rejeições. O banco, em vez de buscar uma alternativa, juntamente com os sindicatos, cujas bases rejeitaram, utiliza-se de expediente amplamente adotado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, durante o período FHC, a fim de empurrar goela abaixo seus instrumentos coletivos". De acordo com o dirigente, a FETEC SP respeita a decisão das bases que rejeitaram o acordo, mas mantém sua posição inicial de que o instrumento é passível de aceitação, neste período de transição na empresa. "Agora, o que não aceitamos é a utilização do poder normativo da Justiça do Trabalho em questões que só dizem respeito a trabalhadores e empregadores. Nossa crença é no princípio da democracia. Ou seja, o que deve imperar é o respeito à vontade da maioria". Fonte: FETEC/CUT-SP |