A direção do grupo espanhol Santander, acionista controlador do Banespa, deixou de cumprir as determinações da Resolução nº 118/97, do Senado Federal do Brasil, e não concede reajustes (referentes aos últimos quatro anos) aos pensionistas e aposentados que ajudaram a construir a grandeza do Banco do Estado de São Paulo. Ressalta-se que, ao adquirir o controle acionário do Banespa, em novembro de 2000, o Santander recebeu títulos do Governo Federal, no valor de R$ 3,9 bilhões. De acordo com a Resolução nº 118/97, do Senado Federal, que autorizou a emissão dos papéis no contexto da renegociação da dívida do Estado de São Paulo, eles seriam exclusivamente destinados a honrar o passivo trabalhista com os funcionários que ingressaram no banco até 22/05/1975. De acordo com documento expedido à época pelo Ministério da Fazenda, os títulos emitidos pela União, que renderiam IGP-DI + 12% ao ano, tinham como base estudos atuariais que previam o reajuste anual das complementações dos aposentados e pensionistas do Banespa. Entretando, o banco espanhol recebeu os títulos públicos, aumentou os seus lucros com a venda desses papéis no mercado e, ainda por cima, congelou a complementação dos aposentados e pensionistas que deveriam ser beneficiados pela Resolução nº 118/97, do Senado Federal.

Aposentados e pensionistas do BANESPA