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Agora que saiu o texto integral do acordo proposto e foi colocada na página da Afubesp a matéria sobre a notícia que recebemos naquela reunião, eu me permito fazer alguns comentários em vermelho nas partes grifadas em negrito do texto, pedindo que os colegas reflitam sobre essa análise. - Pelos comentários inseridos no texto, como poderíamos, nós aposentados, acharmos que o acordo é bom e sermos favoráveis a ele. Após realizar um amplo debate , a Comissão de Empresa dos Funcionários do Santander Banespa destacou os seguintes pontos da proposta do banco: (O Dr Leite e o Adriano, da Afabesp, representantes
dos aposentados foram barrados por Ana Érnica e Luiz Campestrin na reunião de
22/11/2004 no SEEB/SP; se o debate era amplo, por que eles não puderam
participar? Assim, a amplitude aqui afirmada não abrangeu os aposentados e nem
nossos representantes aposentados) (a pergunta de todos os aposentados é: “Em que nós fomos contemplados?” Garantia de emprego – Como nossa data base é 1º de
setembro, a garantia de emprego (de 1/12/2004 a 30/11/2005) significará 15 meses
sem demissões e, desta vez, é válida para todos os funcionários do Banespa
(exceto de superintendente adjunto para cima), incluindo os mais de 5 mil
contratados após a privatização. É a primeira vez que se consegue esse direito
para trabalhadores contratados por banco privado. No acordo anterior valia
apenas para quem entrou antes da privatização.
Gente, isso é um absurdo, pois a Cabesp e o Banesprev não precisariam e nem deveriam ser discutidas em acordo coletivo, uma vez que têm estatutos que regem as duas entidades e qualquer alteração depende de assembléias, além do que o banco não pode se safar simplesmente de suas responsabilidades com elas em função de legislação a respeito. A alegação do que consta do Edital de Privatização é motivo para uma grande batalha judicial e o banco usa disso apenas para pressionar a todos nós, conforme consta acima: “pressionar”). Cabesp – A
continuidade da Cabesp por tempo indeterminado, prevista na proposta, interessa
a todos os trabalhadores da ativa e aposentados.
Aposentados
pré-75 – Mesmo contra a resistência da
direção do Santander Banespa,
incluímos os colegas pré-75 que recebem complementação do banco nas negociações
e na proposta de acordo.
(Nós esperávamos ser incluídos, mas que
nossos representantes na mesa de negociação, Herbert, Ioshimi, Dr. Leite e
Pedrinho fossem ouvidos e nossas reivindicações atendidas; sermos incluídos para
sermos massacrados é como se tivéssemos ido ao matadouro para sermos
sacrificados) Ninguém, e muito
menos os aposentados são mais inocentes, pois se a pregação na campanha da
categoria bancária era de que o abono era abominável, o que, aliás fora decidido
pela Executiva Nacional dos Bancários, como querem nos convencer que o abono é
bom só para quem é do Banespa; isso é achatamento salarial, redução de
complementação para os que estão por se aposentar, lesão aos que serão
demitidos, pois apesar da “garantia” de emprego, pode haver PDV, com os direitos
baseados no salário de 2000 e nós, aposentados, mais uma vez com nossas
complementações achatadas. Abaixo o abono!!!) .
Muitos estão se deixando levar pela opinião dos que ganham altos salários. A pessoa precisa fazer a sua conta individual para ver o que é mais interessante para ela. (Isso é o maior dos absurdos, pois é uma alegação divisionista e eu pergunto: quem não está conseguindo mais pagar a Cabesp são os que ganham altos salários ou são os que recebem os menores?). Abono extraordinário é mantido: Outro ponto importante para os aposentados é a manutenção da cláusula de abono extraordinário, ou seja, durante a vigência do acordo o banco não compensará na complementação os reajustes do INSS. Para as faixas salariais mais baixas, mesmo que o aposentado receba o índice da Fenaban, a inexistência dessa cláusula significa que o banco poderá descontar o reajuste do INSS, anulando praticamente o aumento da categoria. Eles também não precisarão abrir mão de suas ações coletivas e individuais contra o banco. Poderão continuar brigando na Justiça para repor as perdas salariais do passado e receber todos os demais direitos não pagos pelo banco. Mantêm também o direito de mover ação de regresso contra o Estado de São Paulo e a União. (Aqui todo cuidado é
pouco, pois o texto do acordo leva ao entendimento de que quem fizer a opção por
qualquer das duas alternativas, abrirá mão sim das ações individualmente; agora
imaginem como será a redação do termo de adesão) O principal é que a proposta resolve definitivamente a questão dos reajustes futuros do pessoal pré-75 (Aqui, tenho que dar a mão à palmatória: a proposta realmente resolve definitivamente a questão, mas não para os aposentados e sim para o banco, que com seis anos de congelamento já terá resolvido muito bem a elevação de seus lucros à custa dos aposentados). A partir de 2006 o segmento passaria a receber o INPC integral para o resto da vida. Os colegas pré-75, principalmente aqueles que possuem idade avançada, não precisariam continuar preocupados e tendo que se mobilizar a cada ano para defender o direito ao reajuste. Além disso, se compararmos os índices da Fenaban com os do INPC nos últimos 10 anos, verificaremos que o INPC foi maior. Para completar, a proposta também garante a manutenção
da
Cabesp para esses colegas em qualquer situação.
Por todas essas avaliações, a Comissão de Empresa indica às assembléias a aceitação da proposta apresentada pelo banco, considerando que ela contém avanços significativos para o conjunto dos trabalhadores do Grupo Santander Banespa. Também recomenda a aprovação da continuidade da luta pela unificação dos
contratos dos trabalhadores do grupo pelas
cláusulas mais favoráveis.
Comissão de Empresa dos Funcionários do Grupo Santander Banespa |