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Ex-funcionários do Banespa fizeram ontem
manifestação na porta da agência central distribuindo carta aberta em que
atacaram o achatamento salarial e “massacre que esse grupo espanhol vem
promovendo contra seus aposentados e pensionistas.”
Segundo o presidente da Afaban (Associação
dos Funcionários Aposentados do Banespa), Rui Pinheiro Rodrigues, categoria está
há quatro anos sem reajuste, desde que o banco foi comprado pelos espanhóis.
Isso tem feito com que, diz Pinheiro,
vários aposentados e seus familiares percam planos de saúde por falta de
pagamento. Ao todo, somam, segundo ele, mais de cem mil pessoas.
Só em Marília o Banespa tem cerca de 200
funcionários aposentados. O manifesto de ontem ocorreu em todo país e deve ser
repetido na próxima segunda-feira.
Na carta distribuída principalmente aos
clientes do banco, a Afaban cita o envolvimento do presidente do grupo Emilio
Botín em fraudes como ajudar clientes a sonegar impostos. O documento informa
que existe investigação em andamento na Espanha.
A carta fala ainda que desde a privatização
o Banespa já demitiu mais de 13.000 funcionários. Por outro lado, aumentou de
forma abusiva as tarifas cobradas de clientes além dos juros.
O manifesto tem o apoio do Sinfab
(Sindicato Nacional dos Funcionários Aposentados do Banespa).
“Não bastassem todos esses absurdos eis que
o Santander Banespa, em sua desmesurada ganância, apresentou aos banespianos
nova proposta de mais dois anos de congelamento, o que se efetivado, levará ao
total de seis anos de congelamento salarial’, escreve a carta aberta, que tinha
com objetivo alertar clientes.
MULTAS
A queixa de aposentados não é a única
contra o banco. O Banespa é o líder de multas aplicadas pela Secretaria de
Serviços Urbanos, que, através de lei municipal, fiscaliza abuso de bancos
contra clientes como tempo de espera em filas.
Segundo a secretaria, o Banespa já teve
seis autuações, contra quatro do segundo mais autuado. Mas desde julho uma
liminar concedida pelo juiz Reynaldo Castilho Paini impede a fiscalização e
multa contra o banco.
Para denunciar abusos, não é preciso ser
cliente do banco. Basta comunicar a secretaria, dando nome, CPF e RG. A multa
varia de 200 Ufirs a 1.000 Ufirs em caso de
reincidência.
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