A assembléia
dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal aprovou ontem o
ajuizamento do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST),
diante do impasse nas negociações da campanha salarial, e decidiu manter a
greve por tempo indeterminado, que hoje completa 27 dias e entra em sua quinta
semana.
Pela legislação, sindicatos estaduais não podem ajuizar
dissídios coletivos de âmbito nacional, o que é o caso do BB e da Caixa.
Dissídios nacionais só podem ser ajuizados pelas empresas, pelas confederações
e pelo Ministério Público do Trabalho.
A diretoria do Sindicato
posicionou-se contra o ajuizamento, mas tomará todas as medidas para
encaminhar a decisão democrática e soberana da categoria. "Achamos que o
Sindicato tem o dever de fazer propostas e alertar a categoria, mesmo quando
tiver de assumir posturas antipáticas, mas depois que a assembléia aprova uma
proposta, essa proposta passa a ser a posição oficial do Sindicato", diz Jacy
Afonso de Melo, presidente do Sindicato dos Bancários.
O ajuizamento
do dissídio já havia sido aprovado pela assembléia do Rio de Janeiro, na
quinta-feira, e rejeitado pela assembléia de São Paulo, na sexta.
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