Bancários decidem manter greve pelo 22º dia



            - 05/10/2004 -     Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram manter a greve da categoria por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléia hoje à tarde.

Com isso, a greve da categoria entra amanhã no 22º dia. Outras capitais também aprovaram a continuidade do movimento.

Ao mesmo tempo em que a greve prossegue, a Executiva Nacional dos Bancários tenta buscar um acordo junto ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Sindicalistas se reuniram hoje com representantes dos dois bancos.

O objetivo era conseguir o apoio do BB e da CEF para pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a reabrir negociação com a categoria. Os bancos, entretanto, informaram que não vão negociar separadamente da Fenaban.

Para tentar reabrir negociação, os bancários aprovaram uma contraproposta salarial menor do que a inicial. Agora eles pedem 19% de reajuste e abono de R$ 1.500. Os bancos ofereceram 8,5% de reajuste e abono de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500.

Enfraquecimento

A greve nacional dos bancários começa a perder força, principalmente em São Paulo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, o recuo é maior dentro dos bancos privados.

"Existem locais que concentram um grande número de funcionários de bancos privados que deixaram a paralisação. Com isso, caiu a adesão ao movimento", disse Marcolino.

Só em São Paulo, a greve atinge 8.000 trabalhadores. No auge do movimento, havia 30 mil bancários parados. No país, a paralisação se estende por 24 capitais.

Para o presidente da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT), Vagner Freitas, é natural que aconteça um recuo após 21 dias de mobilização.

"Em São Paulo, o uso da força policial contribuiu para diminuir o movimento. O recuo é natural numa greve que já dura 21 dias", disse o presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas.





134 - 05/10/2004
Lene


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