Os bancários de Porto Alegre e Região, em assembléia realizada
ontem, 29, no Clube do Comércio, aprovaram a manutenção da greve e a
apresentação de uma contraproposta para ser levada à Executiva Nacional dos
Bancários, que se reúne nesta quinta-feira, dia 30, com o presidente do TST, em
Brasília.
A proposta aprovada por ampla maioria é de um reajuste de 19%,
um abono no valor correspondente a um salário bruto de cada empregado,
garantindo um mínimo de R$ 1,5 mil, o não-desconto dos dias parados e a
não-punição dos grevistas.
Para o diretor da Federação dos Bancários do
Rio Grande do Sul, Jorge Vieira, a contraproposta mostra a disposição dos
bancários de buscar o entendimento com a Fenaban e reforça o desejo da categoria
de solucionar o impasse.
Na assembléia, que ocorreu depois da grande
passeata que agitou o centro da capital gaúcha, os bancários repudiaram o
comportamento dos banqueiros e do governo Lula na greve. A categoria exige a
reabertura imediata de negociações entre a Executiva Nacional e a Fenaban, com a
participação do BB e da Caixa. A greve continua forte em todo o
Estado.
Nova assembléia de avaliação da greve em Porto Alegre será
realizada nesta quinta-feira, às 18h, no Clube do Comércio.
A decisão do
Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, determinando que 60% dos
funcionários de cada agência voltem ao trabalho no Estado de SP e multa diária
de R$ 200 mil em caso de descumprimento, não atinge o Rio Grande do Sul.
"Trata-se de uma afronta à lei de greve", denunciou o presidente do Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. Em assembléia, os
paulistanos consideraram improcedente a decisão do TRT-SP e decidiram permanecer
em greve por tempo indeterminado.
Fonte: Imprensa Feeb
RS
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