Nunca se viu tamanha truculência contra banespianos | |
| Caros colegas Em vista da
truculência praticada em frente ao Edifício-Sede do Banespa, que conseguiu
interdito proibitório (e, pelo jeito extensivo até às áreas públicas em frente
ao banco) devemos todos (Afubesp, Afabesp, Comissão Nacional de Aposentados,
Comissão de Empresa e Sindicatos) abandonar as negociações com o Santander
Banespa.
Esperamos que os
colegas da Afubesp e do Sindicato que estavam presentes tenham percebido que não
dá para negociar em separado com esse grupo; se, juntos com a categoria bancária
somos "pisoteados", imagina o que nos acontecerá a todos, pessoal da ativa e
aposentados e pensionistas isoladamente contra esses alienígenas que querem nos
trucidar.
O Banespa é hoje um
banco privado e temos que exigir a extensão da Convenção Coletiva a nós, na
condição de bancários; fomos banespianos (e tenho orgulho de ser ex-banespiano)
quando existia o Banespa, hoje somos apenas bancários, pois do Banespa só resta
o nome, e ainda assim, enquanto for conveniente ao Santander.
Quem ainda não se
conscientizou disso, já é o momento de fazê-lo.
Não adianta insistir
em acordo coletivo, que foi "bom enquanto durou", quando ainda existia o
Banespa, pois sempre conseguíamos alguma coisa a mais do que a
categoria.
A realidade hoje é
outra e temos que lutar para conseguir pelo menos o que os bancários
conseguirem.
Essa deve ser a nossa
luta e, caso o banco venha a demitir, vamos nos unir, chamar os Sindicatos, as
nossas entidades representativas, os aposentados e pensionistas, vamos denunciar
o massacre que o Santander faz a nós, trabalhadores brasileiros, coisa que não
faz com os seus conterrâneos que trabalham na Espanha.
Se tivermos que
recorrer à justiça contra demissões em massa que causem clamor social e mais
desemprego, recorramos.
Vamos fazer
manifestações que chamem a atenção das autoridades constituídas (Governo
Federal, Ministério Público, Poder Judiciário) e da mídia, seja em Brasília ou
onde mais for necessário.
Basta, vamos reagir:
muitos colegas já estão reagindo, pois é melhor morrer lutando pela nossa
dignidade do que sucumbir às pressões e imposições dos
estrangeiros.
Vamos todos à luta
contra o Santander.
Ademar
Vanini
Parabéns Vanini! Faço minhas as suas
palavras e a sua indignação. Realmente, como bem diz o ditado "Deus escreve
certo por linhas tortas". Nunca se viu tamanha truculência contra banespianos.
Nem mesmo nos piores momentos da ditadura.
Quem sabe se com a
renúncia à negociação em separado, encontraremos o caminho certo para a obtenção
do nosso tão almejado reajuste da Fenaban? Creio que é chegado o momento das
nossas entidades de representação, sindicato incluído, manifestarem e praticarem
a sua dignidade e não apenas a propalarem em teoria.
Num primeiro momento,
os espanhóis poderão alegar que sem negociação em separado não haverá reajuste
para ninguém e que serão imediatamente reiniciadas as demissões dos colegas da
ativa. Mas, já sabemos que com ou sem negociação, eles prosseguirão demitindo,
como fizeram após as inesquecíveis mutretas das negociações em separado de
2001.
De qualquer forma,
contamos (ainda) com a possibilidade de recurso à Justiça Trabalhista do nosso
País, a cujas portas, como sempre, haveremos de continuar batendo, sem jamais
abrir mão dos nossos direitos de trabalhadores e banespianos, que ajudamos a
construir a grandeza do Banco do Estado de São Paulo, lamentavelmente
entregue à exploração desse grupo estrangeiro que
quer tomar tudo de nós para prosseguir se locupletando de lucros. Somos todos
Aposentados e Pensionistas banespianos e não merecemos viver desse jeito,
preocupados com o nosso amanhã...
Um
abraço.
Ariovaldo
Cavarzan
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