TRT-SP nega liminar contra greve de bancários

           

O juiz Pedro Paulo Teixeira Manus, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), negou o pedido de liminar do Ministério Público do Trabalho (MPT) que solicitava a manutenção de pelo menos 70% dos serviços realizados pelos bancos no estado de São Paulo, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.

Manus negou o pedido porque o Sindicato dos Bancários informou que a maioria dos bancos de São Paulo está com mais de 70% de seus serviços em funcionamento.

Segundo o Sindicato, a greve está concentrada na região central da capital.

O juiz rejeitou também o pedido da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de que o dissídio coletivo fosse remetido ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Para ele, o pedido de julgamento restringe-se aos efeitos da greve no estado de São Paulo.

No pedido, a Fenaban alegou que o TRT-SP não era o foro adequado já que a greve conta com adesões de funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Reunião

Esta segunda-feira, o vice-presidente Judicial do TRT-SP convocou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Fenaban para audiência de instrução e conciliação na próxima quarta-feira, às 14h.

De acordo com levantamento do Sindicato dos Bancários, cerca de 30 mil trabalhadores permanecem em greve e pelo menos 300 agências não estão funcionando. O sindicato, que representa 106 mil bancários, promove assembléia hoje, às 17h, para fazer um balanço do movimento.

A categoria reivindica reajuste salarial de 25% (reposição da inflação mais aumento real), participação nos lucros e resultados dos bancos mais R$ 1.200.

A proposta da Fenaban prevê reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha salário de até R$ 1.500.

Fonte: Agência Brasil






112 - 27/09/2004
L e n e


VOLTAR