Bancários denunciam assédio moral



"Após seis licenças médicas concedidas nos últimos 14 anos por ser portadora de LER (lesão de esforço repetitivo), A.F., 42, decidiu ir à Justiça do Trabalho neste ano para denunciar as discriminações sofridas como funcionária do Santander Banespa.

"Os colegas foram instruídos a não conversar comigo. Quando retornei da última licença no ano passado, fiquei sentada em uma cadeira sem fazer nada. Não me davam serviço, diziam que eu era doente", afirma a bancária. Afastada pelo INSS por doença profissional, A.F. acredita que será demitida assim que retornar ao serviço. "A política do banco é demitir assim que acaba o período de afastamento do lesionado."

Em tratamento contra depressão e síndrome do pânico, a bancária diz que a pressão no trabalho fez sua vida "desmoronar". "Perdi um bebê, meu marido não agüentou meu processo de depressão e pediu a separação e eu me sinto mal, por ser vista no local de trabalho como uma pessoa inútil."

Em sua ação, A.F. pedia indenização de R$ 100 mil. O juiz que cuida do processo reconheceu o assédio, mas determinou o pagamento de R$ 30 mil, e o Santander Banespa recorreu.

Em nota, o banco informa que não comenta o caso porque está sub judice. Também disse que o código de ética dos funcionários do Santander Banespa estabelece que "o funcionário, independentemente do nível hierárquico, deve comunicar à área de recursos humanos situações que caracterizem ações de discriminação, assédio sexual, assédio moral ou intimidação de qualquer ordem, em relação ao público externo ou aos colegas de trabalho"."

Fonte: Afubesp


1004 - 19/12/2006
Alonso Maciel

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