Deputada
Sessão: 012.3.52.O - Data: 02/03/2005
Cumprimento V.Excia. - em primeiro lugar pela coragem - evidenciada quando ocupou a tribuna e manifestou publicamente sua preocupação com o destino de tantos brasileiros que estão sendo espoliados nos seus direitos legais e legítimos, por empresa estrangeira que aqui se abancou e que pauta suas relações com a sociedade brasileira como se fosse um alienígena conquistador - sem respeitar as leis, compromissos herdados/assumidos, acordos, valores éticos pessoais/sociais, enfim, sem o mínimo respeito ao ambiente social onde está inserida.
Cumprimento-a novamente - pela oportunidade do seu pronunciamento - eis que brevemente alta corte do judiciário deverá apreciar o assunto - cujo desfecho, sob pena de contaminar a instituição da justiça com o descrédito e com a vergonha, não poderá ser outro que não a coerção legal irresitível no sentido de que o DEVEDOR cumpra as obrigações que sorridente e conscientemente assumiu ao adquirir o BANESPA - finado orgulho dos paulistas e brasileiros.
Registre-se, ainda, que são mais de 13.000 famílias - cujos membros, se tomados no seu todo, provavelmente atingirão algo próximo de 100.000 pessoas ( 1/3 das vítimas do tsunami ) - das quais os bucaneiros espanhóis e seus acólitos, despudoradamente, tentam surrupiar proventos de sobrevivência. São aposentados, víúvas, idosos, doentes e até moribundos as vítimas de que se fala.
Minhas palavras, cara Deputada, apesar de eivadas de indignação - justa indignação, frise-se - não são frutos dela, somente.
As manobras e os objetivos dessa covarde investida estão cristalina e impudicamente confessados em documento de curso legal, ao qual os "valentes algozes" apelidam de "acordo" - e integra o inusitado Dissídio Banespa 2004, "sob judice" no TST.
Apresento-lhe meus respeitos e meu agradecimento.
Roberto Moron Martins
Bauru - SP
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