Primeiro Natal foi comemorado em
336 d.C.
A
celebração do Natal antecede o cristianismo em cerca de 2000
anos. Tudo começou com um antigo festival mesopotâmico que
simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk.
Para os mesopotâmios, o Ano Novo representava uma grande
crise. Devido à chegada do inverno, eles acreditavam que os
monstros do caos enfureciam-se e Marduk, seu principal
deus, precisava derrotá-los para preservar a continuidade da
vida na Terra. O festival de Ano Novo, que durava 12 dias, era
realizado para ajudar Marduk em sua batalha. A tradição
dizia que o rei devia morrer no fim do ano para, ao lado de
Marduk, ajudá-lo em sua luta. Para poupar o rei, um
criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os
privilégios do monarca, sendo morto e levando todos os pecados
do povo consigo. Assim, a ordem era reestabelecida.
Um
ritual semelhante era realizado pelos persas e babilônios.
Chamado de Sacae, a versão também contava com escravos
tomando lugar de seus mestres.
A
Mesopotâmea, chamada de mãe da civilização, inspirou a cultura
de muitos povos, como os gregos, que englobaram as raízes do
festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais
tarde, através da Grécia, o custume alcançou os romanos, sendo
absorvido pelo festival chamado Saturnalia (em
homenagem a Saturno). A festa começava no dia 17 de dezembro e
ia até o 1º de janeiro, comemorando o solstício do inverno. De
acordo com seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se
encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar a crescer e
trazer vida às coisas da Terra. Durante a data, que acabou
conhecida como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, as escolas
eram fechadas e ninguém trabalhava, eram realizadas festas nas
ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos e árvores
verdes - ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas por
muitas velas - enfeitavam as salas para espantar os maus
espíritos da escuridão. Os mesmos objetos eram usados para
presentear uns aos outros.
Apenas após a cristianização do Império
Romano, o 25 de dezembro passou a ser a celebração do
nascimento de Cristo. Conta a Bíblia que um anjo, ao visitar
Maria, disse que ela daria a luz ao filho de Deus e que seu
nome seria Jesus. Quando Maria estava prestes a ter o bebê, o
casal viajou de Nazaré, onde viviam, para Belém a fim de
realizar um alistamento solicitado pelo imperador, chegando na
cidade na noite de Natal. Como não encontraram nenhum lugar
com vagas para passar a noite, eles tiveram de ficar no
estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras,
Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma
manjedoura (objeto usado para alimentar os animais).
Pastores que estavam com seus rebanhos
próximo ao local foram avisados por um anjo e visitaram o
bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela
guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao
menino: ouro, mirra e incenso, voltando depois para seus
reinos e espalhando a notícia de que havia nascido o fiho de
Deus.
A
maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal como
conhecemos hoje foi celebrado no ano 336 d.C.. A troca de
presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três
reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também
foram adaptados.
Fonte: Redação Terra/Lidia
Eugenia