Fábula da Convivência

Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições de clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, ajuntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começam a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital, questão de vida ou morte.

E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportar mais tempo os espinhos de seus semelhantes.

Doíam muito...

Mas essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer.

Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima , mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar nenhum dano recíproco.

Assim suportaram-se resistindo à era glacial. Sobreviveram.

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio!

É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor!

É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente!

"Todos nós somos anjos de uma asa só e, para voarmos precisamos estar abraçados uns aos outros".

Autor: Antônio Carlos Caio Viegas

 


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Fila Indiana

Para mim os homens caminham pela face da Terra em fila indiana

Cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades.

Na sacola de trás guardamos os nossos defeitos.

Por isso durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes

que possuímos, presas em nosso peito.

Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está

adiante, todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de

nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

Mude ainda dá tempo, e não esqueça...

(autor desconhecido ou ignorado)



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A fábula da Preguiça

Esta é uma história sobre quatro pessoas....

Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém.

Havia um grande trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria.

Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho de Todo Mundo.

Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo.

Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito...

Enviado por Celeste Viana


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